Por Daniel Galvão
Jornalista e CEO da Falcão Group
O aguardado anúncio oficial sobre quando começarão a ser distribuídas as vacinas contra a COVID-19 ainda não foi feito, mas isso e apenas questão de dias. O fato é que os EUA se preparam para iniciar a imunização em massa ainda em dezembro deste ano. A informação ganhou ainda mais forca após, na semana passada, a farmacêutica Pfizer confirmar que os resultados finais dos testes da vacina que está produzindo são eficazes em 95% contra o coronavirus.
De acordo com a companhia e a BioNTech, parceria no desenvolvimento da imunização, a taxa de eficácia tem como base 170 casos de covid-19 que foram observados no estudo, sendo que 162 pessoas infectadas estavam recebendo doses de placebo e não da vacina. O resultado, segundo a Pfizer, foi similar em indivíduos apesar de sua faixa etária, raça ou etnia.
Um pedido de uso emergencial para a vacina ao Food and Drug Administation (análogo à Anvisa no Brasil) ja foi feito, assim como a outras agências regulatórias ao redor do mundo. O estudo ainda não foi publicado em uma revista científica ou revisto por pares.
Em relação aos efeitos colaterais, as empresas afirmaram que a fadiga foi o mais comum, apresentada por 3,7% dos participantes, que disseram que o efeito colateral os impediu de fazer certas atividades diárias. A Pfizer, no entanto, disse que esses efeitos foram reduzidos após semanas.
O novo resultado traz ainda mais esperança para acabar com uma pandemia que já matou mais de 1,3 milhão de pessoas no mundo todo. A Pfizer espera produzir até 100 milhões de doses até o fim do ano. Outras 1,3 bilhão de doses podem ser fabricadas no ano que vem.
As notícias animaram os mercados nos EUA e no Brasil neste inicio de semana. A expectativa é que a economia em todo o mundo também seja “salva” pela vacina e que as crises provocadas pela pandemia em 2020 sejam superadas em 2021. O risco e receio de novos “lockdowns” ainda existem, mas estamos cada vez mais perto de deixar para trás todas as mazelas causadas pelo coronavirus.